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TV Gazeta do Litoral

sábado, setembro 09, 2017

RASTREAMENTO DE CÂNCER BUCAL GRATUITO

Equipe de Saúde Bucal da prefeitura realiza rastreamento de câncer na população

Coleta de material é feita em parceria com pesquisador da Unesp; Objetivo é prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de boca

A Prefeitura de São Sebastião, por intermédio da equipe de Saúde Bucal do Centro de Especialidades da Topolândia vinculada à Secretaria de Saúde (SESAU), realiza um rastreamento em pacientes do município com o objetivo de prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de boca.
De acordo com o cirurgião-dentista Flávio Peres, que trabalha com diagnóstico de câncer no Centro de Especialidades, a ideia é que a atenção básica de saúde procure qualquer lesão, sobretudo as pré-malignas e malignas, a maioria silenciosa. O câncer bucal, regra geral, só causa dor quando está em estágio bem avançado, quando a chance de cura é pequena. “Estamos acatando a recomendação da Organização Mundial de Saúde, fazendo o rastreamento do câncer bucal, examinando a cavidade oral da população, sobretudo os fumantes”, explicou o cirurgião, que avisou que a causa primária do câncer bucal é o tabagismo, que precisa ser tratado também.
Ainda segundo Peres, o método da atualidade que está em alvo da atenção da comunidade científica do mundo é o DNA, e sua molécula filha, o RNA, alterado do câncer. “O câncer é uma doença do DNA, uma doença molecular, de fragmentos do DNA, que controlam o ciclo de reprodução da célula, que no câncer se multiplica desordenadamente e mata o indivíduo. Então, a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e a comunidade científica no planeta estão pesquisando a origem molecular do câncer, procurando genes que possivelmente estejam alterados e comparando com a população que já está com câncer e a população sadia”, explicou o cirurgião.
“Precisamos saber se a população que ainda não tem uma lesão visível já tem no DNA alterações que vão caminhar para o câncer”, continuou Peres, que afirmou que o futuro do diagnóstico do câncer é o molecular, é conseguir detectar o câncer muito antes de ele aparecer na cavidade oral clinicamente.
“Estamos coletando saliva e um fragmento de meio centímetro dos pacientes que já iriam de qualquer forma serem biopsiados. O material vai para um dos maiores laboratórios de pesquisa em Patologia Bucal do país, o da Unesp, que se destaca com a USP e a Unicamp. Parte desse material vai ser objeto de estudo para ajudar a humanidade. O alvo é o paciente ser ajudado com um diagnóstico avançado, saber se tem alterações moleculares no tecido e, havendo, fazer tratamento para a prevenção mais rigoroso”, concluiu.

Parceiro
O cirurgião de cabeça e pescoço, Celso Müller Bandeira, é parceiro nesse trabalho que está sendo feito no município. Ele fez mestrado em tabagismo e câncer na Santa Casa de São Paulo e faz doutorado no Instituto de Ciência e Tecnologia da UNESP, na faculdade de Odontologia de São José dos Campos, onde está finalizando um projeto de câncer de boca e sua relação com cigarro, álcool e um estudo genético disso.
“O que queremos saber é o que explica pessoas aparentemente semelhantes terem doenças tão diferentes. Hoje aqui estamos comparando com pacientes fumantes que não têm a doença. Vamos atrás da questão genética na tentativa de identificar no DNA alguma alteração que possa justificar. Não estamos próximos de descobrir nem de encontrar a cura, mas são primeiros passos, é olhar para as pessoas e ter informações a mais sobre elas”, disse Müller.

Segundo o cirurgião, tudo passa por um Comitê de Ética, todos os pacientes que vão até ele têm algum tipo de alteração bucal. “O Dr. Flávio me encaminha todos os casos de câncer de boca de São Sebastião e tem uma experiência muito grande com a identificação dessas lesões. O paciente assina um termo de consentimento em que me doa material e autoriza a pesquisa. Isso não é manipulação genética, apenas para a identificação do DNA do paciente. Junto a isso ele preenche uma ficha com perguntas sobre hábitos, sobre quanto fuma, bebe, e há quanto tempo”, completou Müller.

Pacientes
“Fui encaminhado do posto de saúde para cá. Estou com uma dor na garganta, o remédio não resolveu. Espero que possam me ajudar”, disse o paciente Antonio Marinho dos Santos, 75 anos, aposentado.
O paciente Fabio José de Brito, também está confiante. “O Dr. Flavio me encaixou no Hospital de Clínicas de São Paulo pra fazer tratamento. Fiz essa semana, retirei um tumor benigno no céu da boca e agora vim pra fazer o exame de DNA pra saber as causas do tumor. O DNA vai dar essa resposta, isso está sendo muito bom”, relatou. 

Prefeitura de São Sebastião  


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