São Sebastião recebeu no último final de semana a Boa Companhia, grupo de Campinas (SP) que trouxe ao município o espetáculo “Cartas do Paraíso” e a oficina de teatro “Um corpo em estado de viagem”. A programação tem o apoio da Prefeitura e é realizada pelo Proac (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado da Cultura.
Cerca de vinte pessoas participaram da oficina realizada em duas edições, uma no Teatro Municipal, na sexta-feira (26) e a outra no Centro Comunitário do Jaraguá, no sábado (27). O objetivo era compartilhar com atores e estudantes de artes alguns procedimentos utilizados na montagem da peça.
Os atores Alexandre Caetano e Eduardo Osório ministraram a oficina e aplicaram exercícios utilizados no processo de montagem da peça. “Mais do que entender, gostaríamos que eles experimentassem a experiência que nós e os outros atores tivemos durante a o processo de criação do espetáculo”, explicou Eduardo Osório.
“Primeiramente pensamos no teatro e no palco, mas é para criação corporal em geral. São exercícios que não necessariamente precisam ser realizados por atores, basta a pessoa estar disposta a trabalhar com o próprio corpo e tentar contar alguma história”, acrescentou.
A maioria das pessoas que participaram da oficina são alunos das oficinas culturais da prefeitura de São Sebastião.
Uma delas foi Isabela Andrade da Silva, explicando que ao participar desta ação teve a oportunidade de conhecer novos aspectos no desenvolvimento corporal, na concentração e foco, na sintonia de grupo e na criação do personagem. “Eu estou no grupo avançado de teatro e a experiência desta oficina me ajudou muito, foi bem proveitosa e interessante demais”, contou a jovem.
Cartas do Paraíso
Com atuação de Alexandre Caetano, Eduardo Osório, Gustavo Valezi e Moacir Ferraz, sob a direção de Verônica Fabrini, Cartas do Paraíso acontece acima da Linha do Equador, onde homens desafiam o mar tenebroso em busca de novos caminhos, de nova terras e, quem sabe, um Paraíso.
Abaixo desta linha, outros homens dançam até seus corpos se tornarem leves e serem levados pelo vento, acima e além das grandes águas para alguma terra sem males, quem sabe, um Paraíso.
A bordo das canoas com asas viajam um degredado, um padre, um jovem cartógrafo e um bufão. Na praia, os aguardam xamãs e guerreiros. Na iminência de um apocalipse dois imaginários se encontram e se perguntam: alguém sabe onde fica o paraíso?
Foto: Luciano Vieira | PMSS
