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TV Gazeta do Litoral

terça-feira, dezembro 18, 2007

Festa do Padroeiro une religiosidade, história e mistérios no verão sebastianense

Foto: Arnaldo Klajn/PMSS



Uma tradição que dura mais de 100 anos: a Festa de São Sebastião. O evento realizado pela Prefeitura de São Sebastião, em parceria com a Igreja Católica, abre oficialmente o calendário de atrações da cidade em pleno verão, unindo devoção, história caiçara e também muito agito para os turistas e moradores do município.

Em 2008, segundo a Igreja Católica, a quermesse será realizada entre os dias 4 de janeiro e 5 de fevereiro. A abertura inicia às 19h do dia 4, com a Procissão do Mastro e Carreata com o Santo Padroeiro. O tema das novenas será “Com São Sebastião celebramos a vida” e em cada dia um sub-tema ficará em evidência como: “Na Vocação” (11/01), “Na Família” (12/01), “Na Igreja” (13/01), “Na Missão” (14/01), “Na Sociedade” (15/01), “No Sofrimento” (16/01), “Nas Conquistas” (17/01), “Na Longevidade” (18/01) e “Na Eucaristia” (19/01).

O pároco da Igreja Matriz, padre Jaime Matheus, afirma que o tema é relacionado com a Campanha da Fraternidade 2008, que propõe a celebração à vida. A novena inicia a partir das 19h, com exceção do dia 14 de janeiro, que será às 19h30.

Também tradição nesta época, um casamento comunitário pretende unir 24 casais com as bênçãos de São Sebastião. Este ano, 19 noivos realizaram o sonho do sacramento do matrimônio. A Prefeitura presenteia os mesmos com o casamento civil.

Já na Praça de Eventos da Rua da Praia, as tradicionais barraquinhas dão o tom para a quermesse realizada todos os dias, a partir das 19h30, com comidas típicas e sorteio de prendas nos valores de R$ 1 mil, R$ 2,5 mil e até R$ 5 mil. Além disso, no dia do padroeiro será sorteado um carro 0 Km.

O ponto alto da Festa é a missa campal seguida pela procissão nas ruas do Centro Histórico sebastianense. Com início às 17h do dia 20, o andor do Padroeiro fica enfeitado com palmas e rosas vermelhas, simbolizando o martírio. Junto com São Sebastião, as imagens de São Benedito e São Gonçalo também são levadas pelos fiéis.

O padre Jaime Matheus explica o motivo da ampliação da quermesse, que em 2008 vai até a terça-feira de Carnaval (5/01). “Pedimos à Prefeitura um pouco mais de tempo no evento para que todo o lucro obtido entre os dias 21 de janeiro a 5 de fevereiro seja revertido para a 2ª fase da Capela de São José, na Topolândia, orçada em R$ 500 mil”, declarou.

A expectativa para a novena, missa e procissão é muito boa. “Todos os anos aumenta a participação das pessoas em nossa Festa, principalmente dos jovens. Com o nosso trabalho, em parceria com o poder público municipal, diminuímos os índices de violência, principalmente na região da Topolândia, com o auxílio da polícia e das câmeras de monitoramento”, finalizou o padre Jaime Matheus.



História e Comércio

Os caiçaras mais antigos contam que a cidade de São Sebastião não tinha muito movimento e tudo era tranqüilo na década de 60. A festa tinha início sempre no dia 11 de janeiro. A banda municipal já estava posicionada para cantar o Hino Nacional e a do padroeiro.

As barracas instaladas na Rua da Praia também são uma tradição existente há mais de 50 anos. A única diferença é que as tendas dos comerciantes e do sorteio de prendas da paróquia ficavam na Praça do Coreto e tinham o objetivo de abastecer o comércio local, que não era muito forte na época.

No dia 19, véspera do dia da festa de São Sebastião, os romeiros e festeiros começavam a chegar na cidade, vindos pelas embarcações da época, já que a rodovia Rio-Santos - que ligava as cidades – era muito precária na década de 60. Os visitantes vinham de São Vicente, Caraguatatuba, Ubatuba e da Costa Sul do município. Alguns chegavam a pé já como pagamento de suas promessas.

O dia 20 era marcado pela procissão pelas ruas da cidade, sempre às 18h em ponto. Não saía apenas São Sebastião no andor com palmas e rosas vermelhas. Imagens também como São Benedito, Nossa Senhora Aparecida, Santa Terezinha, São Gonçalo também eram carregados pelos fiéis.

Os primeiros colonizadores chegaram a São Sebastião nos últimos anos do século 16. A Ilha de São Sebastião, como foi chamada inicialmente, foi avistada pela expedição de Américo Vespúcio, provavelmente no dia 20 de janeiro de 1502, dia do santo São Sebastião, que além de dar seu nome a cidade também se tornou seu padroeiro. Em 16 de março de 1636 a cidade teve sua emancipação político-administrativa.



Lenda de caiçaras narra o dia em que o santo pecou

Em São Sebastião morava um homem que se chamava Benedito Lopes. Este caiçara era temido por todos, principalmente quando bebia, ficava agressivo, brigava com todo mundo e sempre que passava em frente à Igreja, insultava São Sebastião com palavrões. O padre, preocupado, dava constantes conselhos a Benedito. Explicava que São Sebastião, um dia, poderia castigá-lo, mas ele não escutava o conselho.

Certo dia, Benedito foi encontrado morto na frente da Igreja. Quem poderia ter assassinado um homem tão temido? Segundo os caiçaras, esta coragem só teria São Sebastião. O Santo foi acusado pela população de assassinato e foi a julgamento. Depois de dois dias de julgamento e prestar depoimento, o Santo foi acusado e penalizado à prisão por cinco anos, tendo ficado na cadeia local de onde só saía para as procissões e, assim mesmo, escoltado por policiais, com a ordem de prisão nas mãos da imagem. Após ter cumprido sua penalidade, a imagem voltou à sua Igreja.



Serviço

Festa de São Sebastião

Dias: 4 de janeiro à 5 de fevereiro

Horário das novenas: 19h

Horário da quermesse: 19h30

Informações: (12) 3892-1110 / 3892-2620

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