
Além da produção dos pacientes, resultado das oficinas realizadas pelos grupos terapêuticos do Centro, haverá também a exposição de produtos produzidos por familiares, técnicos e amigos, além da distribuição de material educativo em DST/Aids e uma série de atividades programadas pela equipe de profissionais.

Cemin
Na unidade do Centro Municipal de Infectologia da Secretaria de Saúde são atendidas pessoas portadoras do HIV e outras DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) em suas necessidades de enfermagem, médicas, psicológicas, sociais e farmacológicas.
O Cemin também oferece exames para diagnóstico precoce e desenvolve projetos de prevenção. Além disso, toda a equipe do Centro está mobilizada no sentido de não se restringir apenas ao aspecto ‘doença’ e sim à pluralidade de opções que configurem o respeito ao usuário do serviço, assim como a partilha solidária de suas vivências e dos seus direitos e deveres como cidadãos.
As atividades em grupo são desenvolvidas pelo Centro objetivando a compreensão e a adesão dos usuários, pacientes e familiares, no processo de tratamento.

Durante o ano todo, principalmente nas datas comemorativas, o Cemin promove palestras ministradas pela própria equipe ou convidados e reflexões coletivas sobre os mais variados aspectos da vida, como importância da alimentação e atividades físicas, questões ligadas aos direitos e deveres, relacionamento interpessoal, higienização ambiental e corporal entre vários outros assuntos que possam configurar estratégias de enfrentamento da vida.
Oficinas
O grupo é pequeno e tem pouca rotatividade entre os membros que se reúnem semanalmente para exercer habilidades manuais. No início, mesmo com o difícil acesso ao material, considerado caro, com criatividade e doações da comunidade todos usufruem, aprendem ou ensinam o que sabem.
Com o tempo a produção ficou cada vez mais caprichada até justificar o investimento de pequena parte do orçamento do Cemin na aquisição de materiais para essa finalidade.
Este primeiro bazar é uma oportunidade para mostrar o resultado desta oficina que utiliza lãs, tecidos, linhas e produtos de armarinhos em geral, tudo de excelente qualidade, escolhidos pelos próprios participantes. Os trabalhos estão bastante variados, bem coloridos, condizentes com a evolução do grupo de artesãos.
Como ainda existe o receio em relação à discriminação, optou-se por convidar alguns artesãos da comunidade e, com essa participação especial agregada, decidiu-se que nenhum trabalho trará o nome do autor, preservando assim a identidade dos pacientes.
Todos os expositores estão ansiosos pelo resultado e esperam que, além da satisfação pessoal de mostrar suas habilidades, o bazar promova também uma oportunidade para melhorar a renda destas pessoas.
Como diz uma das participantes “nas reuniões a gente tricota na lã e a conversa gira sobre nossas vivências, experiências, notícias boas e ruins, promovendo um momento agradável e de partilha de sensações e sentimentos, ou seja, a cada ponto da agulha vai sendo formada uma malha de solidariedade, de disponibilidade mútua, alegria e respeito”.
Programação
Além da exposição durante todo o período em que o bazar estiver montado no Observatório Ambiental, o Cemin promoverá algumas atividades paralelas que serão oferecidas ao público.
Entre elas destacam-se a exposição, para consulta, e distribuição de material educativo sobre DST-Aids para pais, professores e interessados em geral; o passatempo para crianças com desenhos para colorir, massinha de modelar, oficina em guache e varal e a projeção de filmes educativos com sessões às 17h e às 19h; a oficina de artesanato (confecção de difusor com Tsuru) – às 16h e 20h.
No sábado haverá oficina de artesanato (confecção de carteira mágica) às 17h e oficina de pipas das 15 às 17h que se repetirá no domingo, no mesmo horário.
Serviço: O Bazar Cemin acontece de 26 a 28 de julho no Observatório Ambiental que fica no Complexo Turístico da Rua da Praia, Centro Histórico da cidade, das 15h às 22h.
Foto: Munir El Hoje | PMSS