A escolha de sermos felizes...

Meu melhor amigo me ligou feliz por ter encontrado um novo namorado. Ele tem 26 anos, é um rapaz bonito, belo porte físico, bom nível social e administrador de empresas. Porém, houve certo comentário no seu trabalho e um telefonema anônimo para sua residência, confirmou a sua mãe sua orientação sexual. Trazemos à tona a discussão sobre a decisão do homossexual de contar ou não para a família ou grupo de amigos.
Vejo que a dificuldade passa pelo medo de ser aceito, no grupo onde a pessoa faz parte. Há uma imensa hipocrisia na nossa sociedade, onde há sempre a rejeição do que eles consideram “diferentes”. Mas o que seria diferente? Nossa vida é uma constante mudança de idéias e pensamentos, porém, devemos enxergar muito mais além. A liberdade de escolha é a maior virtude que alguém pode ter. O direito de amar, independente de sexo, cor, classe social ou etnia é algo fundamental para o crescimento de qualquer ser humano.
Observando o personagem Bernardinho (Thiago Mendonça) da novela Duas Caras, vejo que ele é visto como um bom cozinheiro e dono de seus afazeres domésticos, enquanto sua madrasta e seus irmãos só o dão valor quando o mesmo pratica algo que é de bem para os mesmos. Independentemente dos valores impostos pela sociedade, o certo é encarar todos os processos com naturalidade e viver a vida com alegria e alto-astral.
Nasci e cresci em lar totalmente heterossexual, sempre tive os melhores brinquedos relacionados ao universo masculino, fiz aulas de futebol, mas sempre tive o meu olhar direcionado para certos garotos. A educação familiar é necessária sim para o desenvolvimento de qualquer ser, mas não quer dizer que todos devem ser iguais. O caráter de uma pessoa é visto pelos bons atos e pelo que somos realmente.
Então aproveite cada momento como se fosse o último, e como dizia o cantor Renato Russo: “É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã...”.
Grande abraço

Leo Bolanski
leo.bolanski@gmail.com